O Bairro Do Com Rcio
Apesar de ainda possuir um traçado urbano de forte caráter linear, estruturado sobre ruas e avenidas que se desenvolvem paralelamente à base da encosta e ao mar, o bairro do comércio – que na época era composto basicamente por uma única rua – foi ampliado por diversos aterros, sendo os últimos deles executados a partir do final dos anos 60, no trecho compreendido pela área da antiga feira de Água de Meninos e arredores da Jequitaia. Este crescimento do bairro, viabilizado através da construção de faixas aterradas, possibilita uma leitura do seu conjunto urbano sintetizada no seguinte esquema evolutivo: a faixa ao pé da base da encosta é a mais antiga urbanização e se caracteriza pela presença de ruas estreitas ocupadas por sobrados construídos ainda sob influência das tradições construtivas do período colonial; a faixa intermediária – constituída pelo conjunto edificado entre a primeira faixa da Rua Miguel Calmon, antigo Cais das Amarras – caracterizada por uma trama urbana de pequenos quarteirões ocupados por edificações de linguagem eclética, constituídas a partir de meados do século XIX; a faixa da borda portuária – correspondente à zona edificada entre a Rua Miguel Calmon e o porto, propriamente dito – se caracteriza pelo traçado urbano de quarteirões mais regulares, ocupado por edificações que testemunham o processo de implantação, disseminação e consolidação do movimento moderno no panorama da arquitetura de Salvador, especialmente a partir de meados dos anos de 30.
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