O atual ciclo de acumulação e suas contradições
Fernand Braudel dizia que como características essências o capitalismo tinha flexibilidade ilimitada, capacidade de mudança e profunda adaptação. Realmente em vários momentos, o capitalismo pareceu especializar-se. Na concepção de Max, tudo depende da formula DMD. Que consiste no capital-dinheiro (D), garantia de liquidez, flexibilidade e liberdade de escolha, investindo numa determinada combinação de insumos que forma uma mercadoria (M) buscando o lucro; isso significa uma temporária rigidez e estreitamento de opções; D o aumento da liquidez com a união do lucro ao capital-dinheiro.
Braudel nos diz para deixar a transparente economia de mercado e seguir o dono do capital até o andar de cima, onde ele se encontra com o dono do poder político. Parte significativa dos cientistas dos laboratórios de pesquisa das universidades internacionais hoje em dia tem como objetivo suprir as necessidades tecnológicas das grandes corporações globais, que tem como principal objetivo atender a demanda do mercado e gerar lucro para seus acionistas. Com a evolução do capitalismo mundial, notamos que no fim da década de 1960 começou a evidenciar uma excessiva acumulação do capital. Graças a uma fragmentação das cadeias produtivas, foi possível diminuir os custos salariais proporcionando mais lucro com o avanço tecnológico.
O capitalismo atual é alimentado pela força de suas contradições. De um lado está à escala de investimentos necessários para alcançar a liderança tecnológica de produtos e seus processos. De um lado, a contradição que alimenta o capitalismo contemporâneo é a da exclusão versus inclusão. De um lado o aumento do desemprego comprova a incapacidade de gerar novos empregos com em quantidade e com qualidade. De outro, o capitalismo também garante sua dinâmica, a queda de preço dos produtos globais inclui continuamente mercados que estavam à margem do consumo por insuficiência de renda.
Como exemplo disso, os Estados