O Assistente Social na época da Ditadura e na Contemporaneidade

1 SERVIÇO SOCIAL NA DITADURA MILITAR

A partir da década de 60, onde começaram a surgir as várias Ditaduras Militares pelos países latino-americanos, apoiadas pelos Estados Unidos, e, no auge da Revolução cubana, que ocorreu em 1959, onde o país rompeu seus laços com o sistema capitalista norte-americano, o setor social começou a se questionar qual estava sendo seu papel na sociedade até então, o que ele havia feito em prol da Sociedade para melhoria das condições de vida da população mais necessitada. O crescente capitalismo que ocorria no Brasil nesta época fazia aflorar as desigualdades sociais, ou seja, uma pequena camada da sociedade detinha todos os recursos e tinha as melhores condições de vida, enquanto a maior parte da população era privada das melhores condições, passava várias necessidades, sendo esta a classe operária e trabalhadora, que vendia sua força de trabalho para poder alimentar o sistema capitalista e ganhar míseros salários enquanto os donos dos meios-de-produção enriqueciam cada vez mais. Estes ganhos não eram divididos da maneira mais adequada, não eram investidos como deveriam em saúde, educação, trabalho, entre outros.
A Ditadura Militar só veio agravar ainda mais estes problemas que a sociedade brasileira já enfrentava, fazendo o país mergulhar em uma grave crise econômica e o aumento dos problemas sociais, onde os brasileiros foram marginalizados, sobrevivendo entre o desemprego e a subnutrição, época ainda onde instaurou-se a corrupção. Além de tudo, a sociedade era proibida de expressar sua opinião, sob ameaça de torturas e fortes repressões por parte do Governo, ou seja, o Brasil se calou pelo medo. O serviço social, neste contexto, assim como todo o cidadão brasileiro, não tinha voz ativa, se limitando apenas a executar as políticas sociais em expansão dos Programas de Desenvolvimento da Comunidade, atuando na eliminação de qualquer resistência ao crescimento