O artigo trata sobre a prostitui o na Europa Ocidental
Jacques Rossiaud
O artigo trata sobre a prostituição na Europa Ocidental, especificamente na França a partir do século XIII, no inicio da época moderna, baseado nas explicações dos teólogos.
Com as revoltas nos feudos entre senhores e vassalos, houve uma grande migração de camponeses para os centros urbanos, dispostos a vender sua força de trabalho; no caso das mulheres, uma das formas encontradas para sobreviver era a venda do próprio corpo. Mas não era somente esse fator que levava as mulheres à prostituição, havia outras razões: pobreza, inclinação natural, uma família violenta ou incestuosa e perda de status, razões não tão diferentes ainda nos dias atuais.
Durante esse período a prostituição cresce e se organiza, havia o bordel municipal, onde as moradoras deviam prestar juramento às autoridades, deviam pagar semanalmente o aluguel e em muitos casos colaboravam com as despesas de aquecimento e segurança que era feita pelos vigilantes. Existiam também as casas menores que eram particulares, muitas vezes quem comandava eram mulheres e as moradoras eram “jovens servas” e por último, as prostitutas independentes, que trabalhavam ao ar livre. Neste caso qualquer lugar servia para o ato sexual, as margens dos rios, pontes, vielas, jardins públicos, qualquer lugar onde a prostituta pudesse desfrutar de um momento de intimidade com o cliente.
A igreja cristã já fortalecida recrimina a sexualidade feminina. Mas, contraditoriamente, ao mesmo tempo em que condenava a prostituição, a igreja a tolerava. Principalmente ao que diz respeito a prostituição ao prazer de jovens e não-casados, por que era considerada uma atividade sexual pré-marital, afirmação de masculinidade e alivio de necessidades sexuais, maneira essa encontrada para que se mantivessem distantes de filhas e esposas de respeito, desencorajando os estupros e a homossexualidade.
Não eram lícitos aos homens casados, leprosos, clérigos e judeus o uso de bordéis. Mas isso não impedia e que estes