O apostolo paulo e a lei
Disciplina: Teologia Bíblica do Novo Testamento
Professor: Pr. Dr. Allan Pereira de Amorim, Ph, D
Aluno: Sérgio Luiz Meireles
PAULO E A LEI
Brasília DF, 29 de novembro de 2012
PAULO E A LEI
O pensamento de Paulo a respeito da lei é de difícil compreensão, pois parece fazer inúmeras afirmações contraditórias. Afirma que aqueles que praticam a lei serão justificados (Rm. 2:13) e encontrarão vida pela lei (Rm 10:5 ; Gl 3:12); mas ao mesmo tempo afirma que nenhum homem será justificado pelas obras da lei (Rm 3:20), porém apenas levado à morte pela letra da lei (2 Co. 3:6) pois a lei não pode dar vida (Gl 3:21) Reivindica que foi irrepreensível em sua obediência à lei (Fp. 3:6) e, no entanto, afirma que nenhum homem pode estar perfeitamente sujeito à lei (Rm.8:7).
O ensinamento de Paulo sobre a lei é, com freqüência, abordado a partir da perspectiva da experiência histórica, tanto do próprio Paulo como rabino Judeu, quanto de um judeu típico do primeiro século, sujeito à lei. Contudo, o pensamento de Paulo não deve ser visto nem como uma confissão de sua autobiografia espiritual, nem como uma descrição do caráter legalista do farisaísmo do primeiro século, mas como uma interpretação teológica, feita por um pensador cristão, de duas maneiras de justiça: O legalismo e a fé. Isto fica claro em Romanos 10, em que Paulo lamenta o destino de Israel, ao falhar em reconhecer Jesus como seu Messias e em não abraçar a dádiva divina de uma salvação gratuita. Para o apóstolo Paulo há dois modos de justiça, e, por Israel buscar a um deles, perdeu o outro. Israel buscou a lei da justiça (Rm. 09:31) isto é, a lei que revelou a vontade de Deus e mostrou o que era um relacionamento justo com Deus; mas Israel fracassou em atingir essa meta, porque fez mau uso da lei, ao fazer dela um meio de obter a justiça pelos seus próprios feitos,