O apanha bolas
Pode-se considerar que Charles Miller tenha sido “o pai” do futebol no Brasil. No ano de 1894, retornando de seus estudos na Inglaterra, trouxe na bagagem a primeira bola de futebol a rolar nos campos brasileiros. Considerado um esporte democrático, envolve pessoas de todos os credos e raças. Não poderia, nesse sentido, excluir indivíduos “portadores de necessidades especiais visual” (PNEV).
Da Matta[1], afirma que o esporte é “uma das poucas coisas que fazem com que o brasileiro se sinta integrado universalmente, é através dele que temos totais condições de derrotar as grandes potências econômicas”.
Segundo Souza[2],“nos últimos anos, tem-se preocupado cada vez mais com os portadores de deficiências, o que também inclui o aumento pela busca e prática dos esportes. Dentre as atividades esportivas desenvolvidas por cegos, o futsal é um dos mais procuradas e difíceis”.
A prática esportiva para o PNEV permite que ele explore suas possibilidades corporais, livre-se da insegurança, do medo e da dependência causados pela ausência da visão. Os benefícios trazidos pelo esporte vão além: maior confiança e habilidade para locomover-se, noção de espaço mais aguçada, domínio de suas capacidades motoras, aprimoramento da audição, entre outros.
O futebol de cinco é uma modalidade para atletas com baixa visão ou total, conhecido também como futebol para cegos, ou futsal de cegos; é uma adaptação do futsal para PNEV. Acredita-se que a prática do futebol entre pessoas PNEV tenha começado na década de 20, nos pátios das instituições