o amor
A vontade de ingressar na enfermagem surgiu na sua vida durante a juventude, como um chamado de Deus. Um dia, enquanto passeava nos jardins de sua residência, ouviu um chamamento divino para se dedicar a profissão. Houve rejeição da sua família quando revelou suas intenções, afinal, até então, a enfermagem era exercida por mulheres de vida fácil, de baixa classe social. E mais uma vez, contra a vontade da família, Florence se tornou enfermeira e a profissão se transformou em um sacerdócio na sua vida. Seus biógrafos dizem que dispensou pedidos de casamento para que pudesse se dedicar plenamente ao labor. A vida de Florence está registrada em muitos diários, que foi escrevendo ao longo da vida, desde seus oito anos. São registros importantíssimos que nos permitiu conhecer sua história com tantos detalhes. Esses diários e muitos objetos que retratam sua vida se encontram hoje no Museu Florence Nightingale, em Londres.
Florence foi uma estudiosa dos sistemas hospitalares. Tal bagagem de conhecimentos sobre o tema lhe rendeu um convite do Secretário Britâncio para a Guerra para que administrasse os hospitais de campanha na Guerra da Criméia. Sua intervenção nesses estabelecimentos foi fundamental, já que as condições sanitárias dos hospitais britânicos de campanha eram muito ruins e as taxas de mortalidade altíssimas. Florence utilizou todos os seus conhecimentos de aritmética e estatística para fazer estudos de mortalidade e medir a eficiência de suas ações de controle sanitário. Seu sucesso foi tamanho que lhe rendeu reconhecimento pela rainha Vitória. Trabalhar na guerra teve seu ônus. Florence adoeceu de tal forma que pelo resto de sua vida esteve impossibilitada de realizar uma atuação maior na enfermagem. Isso não a impediu que se dedicasse a área acadêmica. Florence passou, então, a escrever livros, relatórios e panfletos, não abandonando jamais a