O Amor De Um Cão é Incondicional
Minha cadelinha está doente. É uma vira-lata e tem quatorze anos. Dizem os conhecedores da raça que seu tempo máximo de vida é quinze anos. Seu nome é Pitucha. Não é muito comum, mas tem uma justificativa. Quando eu tinha apenas três anos recebi com muita felicidade meu primeiro animal de estimação, tendo essa idade, tive a difícil questão de qual seria o seu nome. Então com plena infantilidade foi dada como Pitucha.
Quando ela chegou, bem pequena parecia uma bolinha de tênis preta e branca. A Pitucha me acompanha desde então em várias fases da minha vida, uma cadelinha que sabe ficar na dela como ninguém, ela se quer late para não acordar o dono. Ultimamente, porém, ela tem andado triste. Sai de sua casinha apenas para se alimentar.
De fato, quando esses animais estão perto de sua morte, tendem a ficar junto de seu dono, buscando proteção, ou pode ficar escondido, para que o dono não sofra com sua perda.
Vendo que ela estava com um olhar cabisbaixo, levei-a no veterinário. Achei em primeiro momento, que ele daria apenas medicamentos para ela melhorar, porém, após muito tempo de espera, foi descoberto que ela possuía uma doença cancerígena.
Sinto angústia só de pensar em sua imensa solidão, sem alguém que lhe acaricie o pêlo. Eu sei que ela esta partindo e se não for agora será daqui semanas ou meses; Ou ela não conseguirá resistir ou chegará a um ponto em que terei de dar um nó no seu coração e abreviar seus sentimentos. Por minha parte, tenho que resistir e fazer o melhor. E, se puder, quando chegar à hora, colocá-la em meu colo e dizer o quanto a amo.