O ALIENISTA (REFLEXÃO)
1994. v. II.
REFLEXÃO
Através da internet tive o meu primeiro contato com o livro, fazendo uma leitura superficial. No segundo momento, imprimi o livro, busquei um lugar tranquilo e munido de caneta, caderno e dicionário online, li o livro buscando a compreensão e refletindo sobre o que levou o Machado de Assis a escrever “O
Alienista”.
Iniciei a leitura e viajei até a cidade de Itaguaí distante 67 km da capital do Rio de janeiro, cidade que teve seu início com a chegada dos indígenas vindos da ilha de Jaguanum e depois mais tarde para catequizá-los chegaram os missionários da Companhia de Jesus. A cidade recebeu esse nome porque ali existia um rio, em cujo leito tinha muita argila amarela dando uma coloração amarelada às águas, assim Itaguaí ficou denominada por causa do rio de águas amarela.
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro no dia 21 de junho de 1839 e faleceu no dia 29 de setembro de 1908, sua biografia é extensa: ele foi cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta.
O Alienista foi escrito em 1881 e mostra um Machado de Assis crítico, usando um conto para chamar a atenção do sistema de saúde que não cuidava das pessoas com desvio de conduta psíquica e era simplesmente tachado como loucos e trancados em prisão domiciliar sem nenhum cuidado médico e ali permaneciam até morrer.
Chama a atenção também para o descaso com que os vereadores tratavam a saúde e a vulnerabilidade política, aprovando e desaprovando segundo interesses próprios e mostra também que por traz de uma boa intenção sempre existe uma segunda e que esta pode somente atender interesses próprios, que é o caso narrado em que o barbeiro Porfírio usa o povo contra o Dr. Bacamarte para apoderar-se do poder.
Mas também mostra um homem, Dr. Simão Bacamarte, culto, competente, um cientista altamente comprometido com a