O AGENCIAMENTO MARITIMO
Richard Grantham
Existe circulando no meio do agenciamento marítimo uma poesia intitulada “CALL THE AGENT” retratando os chamados “bons tempos” de nossa atividade, e com um considerável humor .
Dizem estes versos que qualquer problema que exista a bordo de uma navio, desde um encalhe, problemas de falhas dos rebocadores, passando por problemas de embarque da carga, problemas com estiva, problemas com a tripulação, com atendimento médico e até levar o comandante para boates, que ele chamasse o agente para resolver, mesmo que este fosse parecido com uma ferramenta fora de uso. O comandante deveria sempre ficar calmo, mas o agente... coitado!!
Esta época , tida como romântica e que durou muitos anos , já se foi há muito tempo!!!
Talvez tenham terminado lá pelos anos 60.
Mesmo assim, ainda hoje, existem pessoas que acreditam que o Agenciamento Marítimo é uma atividade meio improvisada e que suas funções são simples e de fácil execução, o que não só representa um erro, como trás conseqüências desastrosas para os verdadeiros profissionais da área que desta forma são obrigados a competir com aventureiros. Neste sentido, é mister apresentar a verdadeira imagem desses profissionais e a importância da Agência Marítima no contexto do comercio internacional brasileiro, suas potencialidades e riscos.
O “negócio”de agenciamento marítimo, hoje internacionalmente chamado de “industria”, nas últimas décadas vem sofrendo mutações profundas, e exigindo investimentos de vulto, seja em harwares e softwares para que possam acompanhar o desenvolvimento tecnológico da comunicação, do envio de dados, de documentos como também no treinamento e aperfeiçoamento de colaboradores.
Aliás, este último talvez seja o maior custo de investimento que um agência marítima deva ter. Como não existem muitas “escolas” para a preparação de pessoas, e a agência acaba arcando com os