O advogado do terror
Vergès teve fundamental importância na “revolução” da Argélia, onde conheceu, e defendeu vários terroristas. Afirmou que “simpatizava totalmente com a luta dos argelinos, e não condenava sua violência”. Disse estar “obcecado” com o caso de Djamila Bouhired (acusada de explodir um milk-bar), que havia sido ferida e presa em uma emboscada, essa obsessão viria do fato dela ter sido torturada em seu leito de hospital.
Como advogado, não tentava obter a simpatia dos juízes, o escritor Lionel Duroy afirmou que Vergès “falava violentamente e insultava os juízes” e que ele (Vergès) “ficou profundamente afetado” com a situação de Bouhired. Djamila havia se tornado o símbolo da revolução, o rosto, e exemplo para o povo argelino (principalmente as mulheres). Vergès defendia seus clientes de maneira ofensiva, não buscava compaixão dos juízes, é onde nasce o conceito de “defesa de ruptura” que visa contradizer os acusadores acusando-os de crime parecido ou o mesmo crime do réu, a defesa de ruptura inviabilizava o diálogo e atrasava o julgamento. Quando Djamila foi condenada à pena de morte, ela riu, o juiz disse “Não ria, senhorita, isso é sério”. Ao saber que a vida de seus clientes estava em jogo Vergès vê que a única maneira de salva-los é “apelando”, modificando a opinião pública francesa e internacional. Então vários países se manifestaram