O adolescente e os mecanismos de defesa
O adolescente e os mecanismos de defesa
As teorias clássicas apontam a adolescência como um período de mudanças acentuadas indicando os sinais comportamentais que as denunciam. Época de crises, turbulências e transformações marcantes de personalidade, de inteligência e conduta social. Essas mudanças são desencadeadas a partir do desenvolvimento fisiológico ( hormonal) ou aspectos exclusivamente sociocultural (entrada no mundo adulto).
O amadurecimento físico levaria o adolescente a fazer sua primeira escolha objetal, que se refere ao ato de escolher uma pessoa como objeto de seu desejo de amor, sendo que a primeira traça o caminho da segunda. Essa escolha desencadeia a ansiedade com todas as suas conseqüências. Muitos adolescentes se acomodam, e não buscam superar as dificuldades, dificultando o desenvolvimento de uma nova identidade. E junto com tudo isso, as famílias tem dificuldade em lidar com o crescimento de seus filhos, do desligamento da família e autonomia pessoal do adolescente.
2. Uma abordagem psicanalítica da adolescência: o ego e os mecanismos de defesa
Para Laplanche e Pontalis (1977), o termo mecanismos de defesa é definido como diversos tipos de operações que podem especificar a defesa. Os mecanismos são diferentes diante do tipo de problema que se considere: a etapa genética, o grau de elaboração do conflito defensivo, etc. Anna Freud (1982) descreveu a variedade e a complexidade dos mecanismos de defesa, mostrando segundo Laplanche e Pontalis, como o objetivo defensivo pode utilizar diversas atividades e incidir em tudo o que provocar angústia (emoções, situações, exigências do superego, etc). Muitos mecanismos de defesa são descritos em sua obra: recalcamento, regressão, formação reativa, isolamento, projeção, sublimação... A teoria psicanalítica neste texto é visto em duas perspectivas: a primeira