O admirável mundo novo
Em “O Admirável Mundo Novo”, vemos a ideia futurística de Aldous Huxley, que se desenrola em uma sociedade “perfeita” e organizada, no entanto, com um olhar um pouco menos superficial, notamos os dilemas bioéticos de varias das questões tratadas pelo autor e me coloco a perguntar: haveria um limite para o desenvolvimento humano? Se há qual seria ele? Quem vai impor esses limites? O que é cientificamente possível é eticamente viável? Para onde caminha a humanidade? Se a destruição é inevitável o que podemos esperar? Se ela pode ser evitada como isso será possível? Até que ponto o homem é senhor de si mesmo?
Partindo dessas perguntas e entrando nos dias atuais, adentramos em assuntos semelhantes aos já vividos pela ficção de Aldous Huxley, as técnicas de recombinações genicas, fertilizações em vitro, seleção de embriões, células tronco, clonagem terapêutica e transgênicos, deixando de fora dezenas de outras pesquisas.
Descrevendo melhor a respeito de três dos temas colocados, iniciamos pela clonagem terapêutica, onde a partir de técnicas de clonagem, visa-se replicar tecidos e órgãos de um paciente, no intuito da substituição dos mesmos tecidos e órgãos doentes ou danificados, que se difere de um modo superficial da clonagem reprodutiva pela não implantação no útero e da não formação de embrião. Ainda que tal técnica seja de extremo beneficio para a humanidade e única esperança para milhares de pessoas, ela esbarra em diversas barreiras éticas. Quem teria acesso a este tipo de tratamento? Apenas uma minoria com condições financeiras privilegiadas poderão salvar suas vidas de anos agonizantes ou de mortes prematuras? Uma vez permitido, apenas será usada para fins terapêuticos e não de reprodução? Os tecidos e órgãos clonados, teriam a mesma vida útil dos mesmos originais ou envelheceriam precocemente? São essas questões que tiram o sono de