O Aconselhamento Pastoral e a ACP
PERANTE A
ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA
Diálogo entre pecado original e Tendência Actualizante
“Ajustar o seu comportamento aos conselhos alheios é o mesmo que mandar fazer os fatos à medida dos outros.”
(Johan Henrik Kellgren)
“Se existe um segredo para o sucesso, este é a capacidade de entender o ponto de vista do outro tão bem quanto o seu próprio.”
(Henry Ford)
“É sempre altamente enriquecedor poder aceitar outra pessoa.”
(Carl Rogers)
INTRODUÇÃO
O Aconselhamento Pastoral constitui uma das diversas áreas de
Counselling (1) que Carl R. Rogers (2) procurou servir com o seu trabalho de teorização, investigação e prática clínica psicológica, tal como o fez com as áreas organizacional ou familiar, assim como de educação e saúde entre outras. Wood (1994), citado por Gobbi e Missel, refere que “foi graças à prática inicial de Rogers com o Counseling, que se fortaleceu o reconhecimento do trabalho do psicólogo associado à psicoterapia” (1998), já que até aí a mesma era atribuída em exclusivo aos psiquiatras.
Segundo Gobbi e Missel (1998), aconselhamento é a designação atribuída
“a um procedimento profissional calcado em entrevistas e intervenções” (pp.
14,15), que procuram, segundo Patterson e Eisenberg (1988), “capacitar o cliente a dominar situações de vida, a engajar-se em atividades que produzam crescimento e a tomar decisões eficazes” (p. 1).
Gobbi e Missel (1998) entendem aconselhamento como “o trabalho clínico em situações especiais, onde questões como tempo, espaço e procedimentos requerem atenção
especial
(aconselhamento
escolar
e
educacional,
aconselhamento hospitalar, aconselhamento em aids / Sida, aconselhamento em organizações, aconselhamento com vítimas de violência sexual ou aconselhamento com delinquentes, dentre outras aplicações. Há ainda o aconselhamento pastoral realizado em instituições religiosas)” (p. 15).
(1) Segundo Gobbi e Missel (1998, p.15) este termo é normalmente traduzido por
“aconselhamento