O abutre
A produção massifica o jornalismo como uma espécie de espetáculo circense, vendendo tragédia, agredindo a todo momento, a ética jornalística e mostra o lado dependente de tabloides televisivos que faz do sensacionalismo sua base de trabalho.
O filme conta a historia de Louis Bloom, um desempregado trapaceiro e inescrupuloso que vive de pequenos furtos, num dado momento ele vê um acidente de trânsito e presencia o trabalho de um cinegrafista free lance especializado nesse tipo de cobertura, então, Lou enxerga a oportunidade de negócio que mudaria sua vida.
O protagonista compra então uma câmera e um rádio de polícia para começar seus plantões em busca de trágicas noticias para os telejornais matinais da Califórnia. Em pouco tempo Louis aprende o negócio e estabelece um vínculo de negócios com a Diretora do canal KWLA, baseado em chantagem e manipulações.
Em diversos momentos, o filme discute qual o limite ético e moral de um jornalista, de uma produção jornalística. O protagonista deturpado representa o pior lado da profissão, vende suas imagens para a emissora que melhor pagar, que por sua vez, visa apenas a audiência, deixando de lado os interesses reais do público. Processos muito bem especificados no decorrer do filme, "A técnica jornalística busca um efeito: A sensação. Em algum grau todo jornalismo é sensacionalista" (MACHADO, 2003 p. 106) e esse é o epicentro do O Abutre, chocar o espectador, enoja-los com as atitudes antitéticas de Lou.
No texto Quais os limites da tolerância? Do livro, Ética para executivos de Hermano Roberto Thiry-Cherques, o autor procura "analisar