O Absolutismo Político
Yasmine Estevam Bernardo Alimari
Introdução
Quando começamos a estudar a ciência política, é impossível não falar em absolutismo, uma vez que os primeiros clássicos desta ciência voltaram suas obras, vidas políticas e estudos sobre tal tema, como Maquiavel, Bossuet e Hobbes - para citar o mínimo. Este trabalho, por sua vez, busca falar sobre o absolutismo enquanto teoria política, dialogando com a bibliografia e filmografia apresentadas em sala de aula, de modo a expor seus principais pilares de forma resumida e apresentar o contexto histórico de sua teoria e prática, com ênfase no absolutismo francês, além de demonstrar de que modo o absolutismo influenciou no Estado Moderno.
Principais teorias acerca do Absolutismo
Grosso modo, o absolutismo é a ideia de que o Estado deve ser governado por um rei (ou príncipe) e este, por sua vez, deve possuir poder absoluto e independente de outras instâncias. Os principais teóricos sobre o absolutismo escreveram e viveram principalmente entre os séculos XV e XVII, como Maquiavel, que é considerado o pai da teoria política moderna. Ele defendeu em sua maior obra “O Príncipe” o Estado com fim em si mesmo e “aconselhou ao príncipe” que ele deveria utilizar de todas as ferramentas possíveis para a manutenção de seu poder. Além dele, como já citados acima, Bossuet e Hobbes também defenderam o Absolutismo, porém sob perspectivas diferentes. Bossuet defendia, além do Absolutismo, a teoria do direito divino dos reis, ou seja, a sacralização do poder. Em sua perspectiva, os homens devem obedecer as decisões reais, uma vez que essas são decisões de Deus e ir contra o primeiro seria ir contra o segundo da mesma forma. Por outro lado, a perspectiva Hobbesiana encarava o Absolutismo de outra forma: uma vez que o “estado de natureza” era miserável e bestial, os homens entraram em um acordo para cessar a guerra e formaram uma sociedade civil onde o soberano deveria protege-los e os homens o obedeceriam.