N O Somos Todos Macacos
Considerar o racismo um problema atual seria um grande erro, assim como pensar que a luta contra o preconceito, seja ela voltado a raça, cor, sexualidade e demais, é uma batalha que começou hoje. Embora o racismo seja um tema bastante abordado na mídia atualmente, este problema surgiu muito tempo atrás, tendo suas raízes presas a cultura mundial, onde a comparação de raças se torna evidente nos noticiários. Recentemente a polêmica envolvendo a campanha “Somos todos macacos” ganhou espaço na mídia, depois do incidente envolvendo o jogador brasileiro Daniel Alves. Aclamado por muitos por sua atitude de comer a banana atirada por um torcedor, ele acabou sendo o motivo da criação da campanha que emplacou na internet o tema. Contudo, muitas criticas vieram junto da campanha. Muitos brasileiros, como de costume, só levaram na brincadeira, ou então nem se inteiraram sobre o assunto que atinge milhares de compatriotas há tantos anos. Crianças, jovens, adultos, idosos, todos sofrem preconceito por meio de sua cor, sobretudo aqueles que além de negros, são pobres. Estes sofrem mais, taxados como ladrões, mal vistos pela sociedade e alvos do preconceito eminente. Um preconceito impregnado em nossa alma, ensinado nas escolas, perpetuado na nossa cultura. Aqueles que não apoiam o campanha “Somos todos macacos” defendem o argumento de que a atitude do jogador não demonstra um verdadeiro respeito pela batalha contra o racismo, afinal ele não compartilha do racismo sofrido por muitos, não é visto como ladrão, traficante e outros. Sua perspectiva é diferente, afinal sua classe social é outra. Hoje, Daniel Alves não mora no Brasil, não vive em uma favela, não sofre discriminação na escola, ao tentar conseguir um emprego, ao lutar para sobreviver. E também, sua atitude “inteligente e bem humorada” demonstra apenas sua falta de perspectiva sobre o assunto. Mesmo sofrendo racismo ele preferiu se associar ao animal no qual aqueles que sofrem o racismo