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O poema é constituído no:
- Número de estrofes por uma oitava
- Número de versos por estrofe e classificação em 6 versos, hexassílabos
- Esquema rimático e tipo de rima é AABACD, uma rima interpolada
- Número de sílabas métricas (Mes/tre/, são/ plá/ci/das), 6 silabas métricas
Estrutura Interna
Assunto:
Neste poema, o sujeito poético dirige-se ao seu “Mestre”, Alberto Caeiro, como que partilhando os seus pensamentos. Há, neste “desabafo”, uma série de aconselhamentos dirigidos a um “nós”, no qual o sujeito poético se inclui, e um conjunto de máximas, que contêm ensinamentos de vida, que confere ao texto uma proposta de filosofia geral de vida.
Análise do poema:
Mestre, são plácidas A
Todas as horas A
Que nós perdemos, B
Se no perdê-las, A
Qual numa jarra, C
Nós pomos flores. D
O poema inicia-se com uma apostrofe "Mestre" que é Alberto Caeiro aquele a quem o poeta se vai dirigir durante o poema como que alguém com quem partilha os mesmos pensamentos e que o compreende. O sujeito poético vai-se dirigir ao seu mestre dizendo que foram tranquilas, calmas " todas as horas que nós perdemos se no perde-las qual numa jarra, nós pomos flores" esta estrofe mostra-nos como o sujeito poético encara o tempo e compara-o a um ato comum como é o de por flores numa jarra. Esta metáfora mostra-nos que o sujeito poético encara o tempo como algo efémero, ou seja, algo que não dura muito. Ele vê a passagem do tempo como algo tranquilo, embora inexorável. A nossa vida é algo breve, por isso, a comparação com a brevidade da existência das flores que são cortadas para por numa jarra. Através da expressão :” são plácidas/ todas as horas” o sujeito poético transmite-nos mais uma vez a ideia que as passagem do tempo é encarada de uma forma tranquilo e como algo que é banal.
Não há tristezas A
Nem alegrias A
Na nossa vida. C
Assim saibamos, B
Sábios incautos, B
Não a viver,