MODO DE PRODUÇÃO E AS FORMAÇÕES SOCIAIS: A CONCEPÇÃO MATERIALISTA DA HISTÓRIA
As relações de produção dependem das forças produtivas sociais
A regularidade fundamental que a economia política encontra ao estudar as leis sociais que regem a atividade econômica dos homens é a dependência das relações de produção relativamente às forças produtivas sociais. Com efeito, um dado desenvolvimento das forças produtivas exige um modo definido de cooperação e de divisão do trabalho no processo de produção. É necessariamente diferente o modo de cooperação e de divisão de trabalho numa grande fábrica, que utiliza grandes máquinas e instalações especializadas, e num atelier de manufatura onde o trabalho se efetua com a ajuda de instrumentos bastante simples. Outro é o modo de divisão do trabalho e de cooperação numa grande propriedade que utiliza tratores, máquinas combinadas e adubos químicos, que aplica métodos agro técnicos modernos e beneficia da eletrificação para diversas atividades; outro é, nas pequenas explorações familiares atrasadas, onde se trabalha a terra segundo velhos métodos tradicionais.
Krzywioki dá uma boa ilustração deste facto servindo-se do exemplo dos caminhos de ferro:
Alguém deve estar na bilheteira numa hora precisa, outra pessoa pesa as encomendas ou acompanha o movimento do comboio em circulação, outros preenchem funções de mecânicos de inspetor de vagões ou de telegrafista. As atividades realizadas por um Indivíduo são estreitamente e perfeitamente coordenadas com as obrigações de todos os outros. Cada pessoa representa, de uma certa forma, o complemento vivo de tal ou tal outra parte de um objeto morto: comboio, caixa, entreposto. Este grupo humano, junto com o caminho de ferro, constituem uma totalidade; é impossível entender as atividades dos homens sem ar em conta o horário dos comboios, o seu equipamento técnico, o fluxo de mercadorias que passam. (1)
As relações de produção não se limitam, no entanto, às determinadas