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Um dos métodos identificados no julgado é o método classificado segundo Leo Van Holthe como cientifico-espiritual. Esse método consiste em considerar a Constituição como instrumento de integração social e politica, devendo assim o interprete se guiar pelos valores que formam a essência da constituição, para que dessa forma a intenção desta seja cumprida. Esse método pode ser visualizado quando o Senhor Ministro Eros Graus (relator) discorre sobre a classificação do art. 343, VII como norma de eficácia contida ou limitada, ao analisar o sentido constitucional, percebe-se que essa é uma norma de eficácia limitada já que para que o direito seja efetivado é necessário um ato normativo que faça a regulamentação e isso só se percebe quando a constituição é analisada como um todo, observando seu espirito, como o próprio Ministro diz em seu voto:
Isso me leva a alterar posição que anteriormente assumi, ao afirmar que a norma veiculada pelo artigo 37, VII é de eficácia contida. Pois é certo que ela reclama regulamentação, a fim de que seja adequadamente assegurada a coesão social. Por isso, ao adotarmos a classificação usual das normas constitucionais segundo o critério da eficácia, devo necessariamente tê-la como de eficácia limitada; e assim a tenho porque esta é conclusão que necessariamente se extrai da interpretação da Constituição no seu todo. A Constituição --- e isso repetirei inúmeras, inúmeras vezes neste Tribunal --- a Constituição não pode ser interpretada em tiras, aos pedaços, porém no seu todo. Outro método identificado nesse mesmo voto foi o método hermenêutico-concretizador, que diferencia texto de norma, defende a pré-compreensão, e o ideal de concretizar o que diz a constituição. No voto esse método se faz presente na diferenciação entre texto e norma:
Apenas para explicitar, lembro que texto e norma não se identificam. O que em verdade se interpreta são os textos normativos; da interpretação dos textos resultam as normas. A norma é a interpretação do