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Oobjetivo do texto é fazer uma análise filosófica da pessoa como sujeito, tendo como princípio básico uma reflexão teórica sobre a complexidade do ser humano a partir do conceito de “pessoa como valor absoluto”(NOGARE, 1976, p. 442). Portanto, a reflexão parte do pressuposto que a problemática humana é complexa e como tal pode ser abordada de muitos modos. Em razão disso, este texto assume a perspectiva humana enquanto realidade inacabada, isto é, dever-ser.
O assunto situa-se no interior da Antropologia Filosófica, mas não consegue dispensar as interferências do universo metafísico e religioso. Por outro lado, menciona algumas concepções antropológicas, entre as quais o
ABSOLUTO
138 FRAGMENTOS DE CULTURA, Goiânia, v. 17, n. 1/2, p. 137-144, jan./fev. 2007. ser autêntico (Lévinas), o ser pensante (Descartes), o ser criado (cristianismo), o pastor do ser (Heidegger); pois entende que elas apresentam uma via importante para pesquisar e investigar a questão central, podendo seguir esta formulação: o que é o ser humano, como ele se relaciona e significa a sua abertura ao transcendente? Assim, a temática é pertinente, pois instiga, sem tréguas, a existência humana.
A METAFÍSICA DA PESSOA
A metafísica da pessoa apresenta as pistas de Lima Vaz (1993), mostrando que a pessoa é fim e não meio. Inicialmente, a pessoa é espírito encarnado.
Enquanto corporalidade, está submetida aos condicionamentos históricos temporais, inclusive a instrumentalização, mas, enquanto espírito, é pessoa, é existência própria, é incorruptível, apenas recebe interferências externas. Portanto, o homem como ser espiritual é sujeito autônomo e nunca objeto, servo ou instrumento.
Em segundo lugar, a pessoa é espírito incorruptível e imortal. Enquanto corporalidade, está sujeita à morte e à decomposição, e isso a caracteriza como meio, mas a imortalidade surge como uma nova prova da finalidade em si da pessoa. Em terceiro lugar, a pessoa é autoconsciência, como fim ou