L Gica I No O De Argumento
NOÇÕES DE ARGUMENTO
Argumento - definição
“Argumentar ou defender uma idéia consiste em fornecer razões a favor de uma conclusão: as razões apresentam-se para estabelecer, sustentar, justificar, provar ou demonstrar a conclusão.” Alec Fisher, A Lógica dos Verdadeiros Argumentos, p.261.
Um argumento envolve, sempre, pelo menos duas proposições*: uma conclusão mais (+) uma ou mais premissas.
Proposições (premissas e conclusões) diferem das perguntas, das ordens e exclamações. A proposição é tudo o que pode ser afirmado ou negado. Por exemplo: “Todo cão é mamífero” ou então “Animal não é mineral”.
Os argumentos nem sempre se apresentam de maneira padronizada. Portanto, o primeiro trabalho é identificar premissas e conclusões, e veremos indicadores que nos ajudarão nesta identificação.
Exemplo de um argumento apresentado de modo padronizado:
Todo homem é mortal.
Sócrates é homem.
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Sócrates é mortal.
O traço é uma convenção adotada pela Lógica para estruturar argumentos. Ele indica que o enunciado que está abaixo dele é a conclusão, e os enunciados que estão acima são as premissas.
Exemplos de um argumento apresentado de modo não padronizado:
O argumento acima, quando apresentado de modo não padronizado, pode aparecer de três maneiras, sendo que a conclusão pode estar no começo, no meio ou no fim:
Sócrates é mortal, pois todo homem é mortal e Sócrates é homem.
Como todo homem é mortal, Sócrates é mortal, pois Sócrates é homem.
Todo homem é mortal e Sócrates é homem, logo Sócrates é mortal.
Pistas lingüísticas
Entre os mais comuns indicadores de conclusão temos = “Logo”, “portanto”, “dessa forma”, “consequentemente”, “assim”, “segue-se que”, “decorre daí”, “podemos inferir” e “podemos concluir”.
Entre os indicadores de premissa/razão mais comuns temos: “desde que”, “pois que”, “como”, “dado que”, “tanto mais que”, “pela razão de que”, “uma vez que”, “pois” e “porque”.
Nenhuma proposição, tomada em si mesma,