j keynes
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12 de Dezembro de 2011
John Maynard Keynes nasceu em Cambridge em 1883, ano da morte de Karl Marx. Fazia parte das famílias burguesas relativamente desafogadas da Inglaterra vitoriana. Isso iria facilitar-lhe o seu percurso escolar, que foi considerado como brilhante: em 1897, entra em Eaton, um dos colégios mais prestigiosos das ilhas britânicas, depois no King’s College da Universidade de Cambridge, em 1902. Estuda matemática e acaba o curso coroado de sucesso. Em seguida dedicar-se-á à economia e tornar-se-á professor em Cambridge. Passa a fazer parte de numerosos clubes elitistas que reúnem jovens intelectuais um pouco críticos da sociedade capitalista e da sua moralidade muitas vezes hipócrita. No início da guerra alistou-se no departamento do Tesouro. Foi nessa situação que participou na Conferência de Versalhes para discutir as compensações impostas à Alemanha, em 1919. Ficou horrorizado pela lógica seguida pelas potências aliadas que pretendiam esgotar o país vencido. Pediu a demissão e publicou um primeiro trabalho que se tornaria célebre: As consequências económicas da paz. Lénine utilizará o seu conteúdo para denunciar a rapacidade dos países imperialistas para aumentarem a sua pilhagem e as suas colónias. [1] Keynes lança-se em seguida nos negócios. Depois de momentos difíceis, poderá constituir uma pequena fortuna que lhe permitirá comprar numerosas obras artísticas e culturais (como as memórias de Isaac Newton). Tornar-se-á por outro lado administrador e mesmo presidente de várias companhias de seguros. Nos anos 20 liga-se essencialmente ao partido liberal, que está moribundo. A questão de aderir ao partido trabalhista chegou a colocar-se, mas ele rejeitou essa ideia, explicando: “Para começar, é um partido de classe, e essa classe não é a minha. Se tiver que reivindicar vantagens para uma fracção da sociedade, será para aquela à qual pertenço. Se isto