INFLAÇÃO NO CENÁRIO NACIONAL: O PERÍODO MAIS CRÍTICO

INFLAÇÃO NO CENÁRIO NACIONAL: O PERÍODO MAIS CRÍTICO
O Brasil viveu um momento marcado por forte crescimento econômico entre 1968 e 1973, enquanto vivia sob regime militar. Os números nesse período divergiam tanto dos padrões da época que ficou conhecido como “milagre econômico”. Nesse curto tempo, o PIB (Produto Interno Bruto) praticamente dobrou, aumentando, em média, 10% ao ano.
Em 1974, esse crescimento começou a decair, devido a uma crise mundial provocada pelo choque dos preços do petróleo, onde o custo do barril subiu 400% em três meses e, mais adiante, uma elevação da taxa de juros norte-americana.
No início dos anos 80, o PIB estava enfraquecido, os índices inflacionários disparados, com a dívida externa elevada (aumentou em mais de 30 vezes durante a ditadura) e a indústria defasada. Nessa época a inflação chegou a 215,3% em 1984.
O choque do petróleo pode ter dado início à crise hiperinflacionária, mas ela foi intensificada pela desvalorização da moeda, que foi tão intensa que levou os comerciantes a reajustarem mais de uma vez ao dia o preço de seus produtos, por exemplo, e à população a estocar alimentos por temer as sucessivas altas.
Na tentativa de conter a inflação, diversos planos econômicos foram criados em um curto espaço de tempo, assim como a moeda, que recebeu cinco nomes diferentes no período: cruzeiro, cruzado, cruzado novo, cruzeiro real e posteriormente, real. Um deles, o Plano Cruzado lançado em 1986, congelou preços e salários, mas terminou em 1990 com inflação de 1.764,86%. Em 1990, o Plano Collor foi implantado e foi o mais crítico, mudando novamente a moeda e confiscando as cadernetas de poupanças superiores a 50 mil cruzados novos e as aplicações para tentar resolver o problema da inflação. Mas os preços voltaram a avançar.
A medida de confisco das poupanças tinha um raciocínio simples: reduzir a quantidade de dinheiro disponível na economia, para que as pessoas não tivessem como comprar, assim, controlando os preços. Porém, a