I'M DONE!
O aborto legal.
O aborto é um dos assuntos mais discutidos e complexos por abordar questões de vida, morte, saúde, religião e integridade moral. A classificação do aborto como crime é um grande equívoco, porque a maioria das mulheres que o fazem são pessoas com baixa escolaridade, que não possuem condições financeiras, e que sendo obrigadas a manter a gestação indesejada até o final, possivelmente irão dar a luz a crianças sem uma estrutura familiar, amor, sem acesso a educação e responsabilidade, que são fatores importantes para a formação e o desenvolvimento de uma pessoa de bem.
Eu sou a favor do aborto em casos específicos, como estupro, incesto, fetos portadores de anomalia encefálica e em casos em que ocorra risco de vida. Já em casos de menores de idade que no ato sexual assumiram o risco de gravidez por não utilizarem de métodos anticontraceptivos, eu sou totalmente contra e acho que as leis deveriam ir além. Nesses casos seria válido passar a responsabilidade para os pais que não procuraram formas importantes de instruir e ensinar os verdadeiros valores éticos e morais aos seus filhos, conscientizando-os de toda responsabilidade que precisariam ter nas suas relações e expondo todos os pontos negativos e as consequências que a irresponsabilidade poderia trazer.
Biologicamente falando, o feto até a 12ª semana de gestação não possui um sistema nervoso capaz de apresentar o mínimo de atividade mental ou consciência. Para os cientistas o aborto até os três meses de gravidez deveria ser legalizado assim como é permitido que seja retirado o coração de um doador acidentado que tem o cérebro incapaz de recuperar a consciência, caso contrário isso seria um aborto também e deveria ser proibido.
Estimativas comprovam que, mesmo sendo proibido, a cada ano, são mais de 1 milhão de abortos realizados no Brasil, sendo que 220 mil deles levam a infecções graves e muitas outras complicações.