Historia Contemporânea de Portugal
2011/2012
«O segundo salazarismo: A guerra fria, a industrialização e as guerras em África»
Síntese IX
«Tudo pela Nação, nada contra a Nação» era o lema de Salazar, chefe supremo do governo e pai desta mesma nação. Sempre de olho nos acontecimentos, defendeu o país até às últimas consequências. Conservando sempre uma certa distância em relação à vizinha Espanha, Portugal tinha como objectivo a independência monetária. No entanto, o país estava bastante atrasado em relação ao seu vizinho Ibérico, e era para isso que o regime de Salazar era tão necessário. Com características autoritárias e de ideias fixas com o intuito de fazer crescer Portugal, aplicou-as ao máximo.
A vida política do país era muito simples na altura, tudo girava à volta de Salazar, que governou cerca de quatro décadas. A oposição, na época, era feita pelos cidadãos com ideais comunistas. Mas, o pluralismo partidário, apoiado por estes comunistas, não era mais que uma afronta a Salazar.
A «velhice» do regime, era a critica mais utilizada pela oposição. Em 1945, Salazar anuncia eleições antecipadas. E é então criado o Movimento de Unidade Democrática (MUD) em descontentamento com a contenção dos salários e a falta de abastecimentos e concorre nas eleições de 18 de Novembro. Contra o regime, actuava o Partido Comunista Português que tinha adquirido alguma importância, no entanto os dirigentes do MUD desistiram à boca das urnas, o foi um "alívio para o Governo", visto que não era bem claro o que fariam com o poder no caso de ganhassem, e também a pressão feita por Salazar originou esta desistência. A oposição não desaparece, como é óbvio, mas perde força. Álvaro Cunhal e Mário Soares são duas grandes figuras da oposição a Salazar.
Nos anos seguintes, o Governo enfrentou dificuldades causadas pelas restrições á exportação e o controlo da inflação que vinha a cair. Em 1948 com a candidatura de Norton de Matos ficou claro que as oposições ao regime não