F SICA
No contexto aeroespacial, podemos dizer que as principais influências da teoria de relatividade se dão no campo de atuação dos sistemas de navegação por satélites como o GPS.
Os sistemas de navegação por satélites permitem que se obtenham dados de alta precisão em tempo real, porém levam-se em consideração os efeitos da teoria da relatividade restrita nas operações de tais sistemas.
O GPS é formado por uma constelação de 24 (vinte e quatro) satélites repartilhados em 6 (seis) planos orbitais espaçados de forma igual, com 4 (quatro) satélites em cada plano, colocados com uma inclinação de 55º (cinquenta e cinco graus) em relação ao Equador da Terra. Os satélites têm relógios altamente apurados e firmes e transmitem sinais de tempo sincronizados, com informações do local e do tempo da transmissão. Para que se consiga determinar a posição, é necessário que se sincronizem os sinais recebidos de, no mínimo, 4 (quatro) satélites.
O GPS sofre influência da relatividade de 3 (três) modos principais, são eles: marcha dos relógios dos satélites, propagação dos sinais eletromagnéticos e equações de movimento da órbita dos satélites.
É possível fazer a previsão e a correção dos desvios que acontecem em virtude da velocidade de deslocamento dos satélites para que, assim, possa-se obter dados mais precisos. Isso é feito com base nos dados obtidos efetuados para a distorção espaço-temporal nos satélites do GPS.
Os efeitos da relatividade restrita no GPS não se restringem apenas às órbitas dos satélites, mas também aos relógios atômicos, a propagação do sinal e aos relógios dos receptores.
Os relógios atômicos que se tem nos satélites GPS funcionam com precisão de nanossegundos, sendo, desse modo, sensíveis e fortemente influenciáveis pela dilatação temporal presente.
A maior influência da teoria da relatividade para o sistema se dá no âmbito da relatividade geral, visto que se tem a diferença de campo gravitacional, esta que faz com que haja uma