E o que o meio ambiente tem contra a globalização?
INTRODUÇÃO
“Precisamos ter sempre em mente o equilíbrio necessário entre desenvolvimento econômico e saúde ecológica”, assim se posiciona sobre a relação entre consumo e meio ambiente o teólogo norte-americano Richard Foster, que faz essa citação em seu livro “A Liberdade da Simplicidade”. Essa frase reflete as preocupações dos dias atuais, bem como no passado. Não se pode mais viver sem um modelo econômico, hoje o capitalismo, modelo esse que fomenta o consumismo exagerado e supérfluo. Todo esse consumismo tem uma grande aliada: a globalização, que nasceu da estabilização do capitalismo, de grandes avanços tecnológicos e do desenvolvimento do fluxo comercial mundial. “Vamos atravessar esse novo século discutindo meio ambiente e desenvolvimento, queiram ou não queiram”, afirmou a ambientalista e ex- ministra do meio ambiente Marina Silva, que é uma defensora nata da natureza. Convém observar que o meio ambiente é um dos mais prejudicados por esse modelo de economia, pois é dele que se extrai toda matéria-prima para os produtos comercializados pelas indústrias e, muitas vezes, não é reposto o que foi extraído, o que causa sucessivos colapsos pelo fato de muita procura e retirada e pouca reposição do que foi usado.
Como exemplo desses fatos tem-se a floresta Amazônica, uma das maiores florestas do mundo, que já perdeu parte substancial da sua flora original. Pesquisa feita pela ONG Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostra que, de agosto a novembro de 2012, 1.206 km² de vegetação da Amazônia Legal foram destruídos, o que corresponde ao aumento 129% de devastação ao ano de 2011. Problematiza-se que em uma sociedade capitalista como a nossa, a questão de ter impera sobre a de onde vem ou como vem. Desse modo, para sustentar os diversos luxos da sociedade atual, empresas não medem esforços pra atender aos consumidores ávidos por gastar.
Nesse sentido, a revista Planeta