D’araujo, maria celina. a era vargas/ maria celina d’araujo. são paulo: moderna, 1997. (coleção polêmica)
“Para começar, o que chamamos de Era Vargas não diz respeito apenas a um mandato formal de governo ou à duração de um plano econômico. Chama-se Era Vargas um conjunto das políticas econômicas e sociais introduzidas no país a partir de 1930, que marcaram de maneira indiscutível e indelével o processo de industrialização, urbanização e organização das sociedade brasileira.” (p. 7)
“[...] quando mencionamos a força do modelo político e econômico da Era Vargas [...] estamos tratando de uma ‘maneira de dirigir o país’ – o povo, os negócio, a defesa nacional – , em que se atribui ao governo um poder acima de qualquer outra vontade. O governo, dentro da visão varguista, teria o papel de mostrar o caminho para os homens, de apontar soluções e , de até mesmo, implementá-las se julgasse conveniente.” (p.8)
“Dentro desse espírito centralizador, a Era Vargas foi marcada por desenvolvimento econômico, controle sobre trabalhadores e sindicatos, planejamento estatal, legislação social, investimentos públicos e principalmente, pelo papel atribuído ao Estado como agente econômico.” (p. 9)
“Sob a Era Vargas, o Brasil deixou de ser um país agrário-exportador para se transformar em uma sociedade urbano-industrial.” (p. 11)
“Getúlio Vargas [...] ficou para a história como o ‘pai dos pobres’, a ‘mãe dos ricos’, o ‘ditador sanguinário’, o ‘maquiavélico’, o ‘conciliador’, ou ainda como o ‘chefe do nacionalismo’ e o ‘líder do trabalhismo’. [...] Todas essas interpretações têm suas razões de ser, pois sob sua liderança o Brasil mudou de perfil.” (p. 13)
“Getúlio Dornelles Vargas [...] nasceu em São Borja, Rio Grande do Sul [...]. Seus pais, Cândida Dornelles e Manuel do Nascimento Vargas, pertenciam a uma família de fazendeiros de proeminência política local.” (p. 14)
“[...] em 1903, quando já tinha 21 anos[...] ingressou na Faculdade de Direito de Porto Alegre. Na faculdade,