DESENVOLVIMENTO X PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
O crescimento das cidades é inexorável. Nada detém a expansão, que está em ritmo acelerado. Exatamente por causa do aumento populacional, pensar no desenvolvimento dos municípios é algo imprescindível, que demanda planejamento.
Em contrapartida ao crescimento acelerado, devemos observar a preservação do meio ambiente, onde as cidades podem crescer e ao mesmo tempo precisam respeitar as áreas preservadas.
Exemplo desta tarefa difícil é a cidade de Bertioga, que possui 80% de área verde preservada, um dos motivos pelo qual é muito procurada pelos turistas. A cidade tem condições de ter um crescimento organizado. Das 44.834 moradias 68,18% delas são de veraneio (censo 2010), as quais são importantes para o município pela geração de altos tributos.
Nos últimos 10 anos foram construídas 5.853 novas moradias por conta do crescimento populacional e apesar disso ainda há um déficit superior a 3.000 unidades. Para acompanhar o crescimento estimado até 2030, há necessidade de se construir 10.000 moradias.
Isso somente ocorrerá se o poder público der uma atenção especial ao desenvolvimento de um plano indicativo de uso e ocupação de solo e também na parte ambiental.
Com a criação do Parque Estadual em 2010, acabou-se impedindo a expansão urbana em parte dessa área, porém o Estado não criou qualquer tipo de estudo socioeconômico para dimensionar os efeitos dessa medida que acabou causando um impacto na arrecadação municipal.
O prefeito da cidade concorda com a medida, mas entende que naquele local poderia ser feito um loteamento respeitando as regras de preservação e isso daria sustentabilidade para a cidade, salientando a importância da preservação, mas ao mesmo tempo preocupado com a receita do município.
MORADIAS SEM ESPAÇO
Cubatão também enfrenta um problema semelhante, mas com a população de baixa renda que foi retirada das áreas de preservação e agora não há espaço para a construção de moradias populares na cidade.