Descargas Elétricas
Diversos são os experimentos e ensaios nos quais se verifica, sob altas tensões, a passagem da corrente elétrica em certos meios que deveriam se comportar como isolantes elétricos. Tal fenômeno ocorre, por exemplo, no arco voltaico, no chifre elétrico, na lâmpada de plasma, na lâmpada fluorescente, no faiscador da bobina de Tesla etc. Trata-se de uma descarga elétrica.
Caracteriza-se pela passagem da corrente elétrica num fluido ou num dielétrico, normalmente isolante, o qual, submetido à ação de um campo elétrico intenso, ioniza-se e se torna condutor.
Amantes do misticismo e das pseudo-ciências fotografam essas perturbações (veja abaixo) no meio envolvente, quando então dão aos geradores de altas tensões a denominação de "máquinas Kirlian", e inventam termos 'profundos' com "auras" e outras manifestações que só eles conseguem imaginar. Além do que, tais "máquinas" (cujo custo real não supera os R$ 100,00) são vendidas a milhares de dólares e os 'avançados' cursos para entender tudo isso só é dado pelos construtores das máquinas e nos países de origens. Tem vários 'sites' à disposição na 'www' para quem quiser comprar as deslumbrantes máquinas Kirlian e entrar no mundo mirabolantes das para-não-sei-o-que.
Descarga disruptiva
A descarga mais simples, a descarga disruptiva, manifesta-se pela passagem abrupta de corrente através de um meio isolante, quando este perde localmente suas propriedades de isolação. Esta degenerescência pode ter causas diversas, como o envelhecimento do material, a presença de defeitos na superfície, modificações da configuração geométrica tais que, localmente, determinam um valor de campo elétrico devido à diferença de potencial aplicada, superior ao gradiente crítico contingente. Quando o arco é escorvado (desencadeado), o dielétrico é geralmente destruído pela descarga, a não ser que o dielétrico seja um gás.
É o que ocorre num capacitor, que é inutilizado por uma descarga interna. A descarga disruptiva nos