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QUESTÃO
DA
PERIODIZAÇÃO
DO
DESENVOLVIMENTO
PSICOLÓGICO
Mana Kohl de Oliveira /
Edival Teixeira
Quando pensamos sobre a questão do desenvolvimento psicológico, seja como estudiosos de psicologia, seja como educadores, seja como participantes e observadores da vida cotidiana dos grupos culturais em que nos encontramos inseridos, um tema que emerge quase que naturalmente é o da periodização desse desenvolvimento. O desenvolvimento humano tende a ser o como um processo que se organiza em períodos, etapas, estágios ou fases que se sucedem ao longo da vida de cada indivíduo; o significado do desenvolvimento, sua estrutura e seus conteúdos tendem a ser mapeados e compreendidos em relação a esses períodos. Falar em desenvolvimento normalmente nos remete a diferentes idades, diferentes momentos do ciclo da vida, algum modo de organização das etapas da vida humana.
O presente artigo pretende problematizar a questão da periodização do desenvolvimento nas teorias psicológicas, propondo, inicialmente, uma reflexão sobre o processo de desenvolvimento e os fatores que o constituem, a necessidade e a pertinência de se definirem etapas de desenvolvimento e a universalidade ou não dessas etapas. A seguir são apresentadas as propostas de etapização elaboradas no âmbito das principais teorias psicogenéticas, como forma de explorar diferentes possibilidades teóricas de enfoque do tema. Por fim, a partir do contraponto entre as periodizações propostas por
Piaget, Vygotsky e Wallon, retomam-se algumas questões mais gerais e discute-se a possibilidade de construção de uma teoria ancorada na contextualização histórica do desenvolvimento psicológico individual. O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO E A QUESTÃO DA PERIODlZAÇÃO
Podemos definir desenvolvimento como o conjunto dos processos de transformação que ocorrem ao longo da vida de um indivíduo. Esses processos de transformação estão relacionados com três fatores, como bem sintetiza Palacios (1995):