Comunidade Filú “passado e presente”numa perspectiva contemporânea
RELAÇÕES INTERÉTNICAS
GT 8 - Antropologia visual: um olhar sobre as imagens em movimento
COMUNIDADE FILÚ PASSADO, PRESENTE E FUTURO, NUMA
PERSPECTIVA CONTEMPORÂNEA
Sandreana de Melo Silva
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COMUNIDADE FILÚ PASSADO, PRESENTE E FUTURO, NUMA
PERSPECTIVA CONTEMPORÂNEA.
Sandreana de Melo Silva
Universidade Federal de Sergipe
Sandreana_melo@hotmail.com
Resumo
Este ensaio pretende realizar uma análise etnográfica da comunidade quilombola
Filú, localizada no município de Santana do Mundaú- Alagoas. Dessa forma, a partir da observação e da apreciação das falas de seus atores sociais, compreender como o grupo Filú vai se percebendo e construindo suas diferenças, entre o interno e o externo, assim como as formas de sociabilidade que vão se produzindo na vida cotidiana do grupo. Verificando assim, como sua identidade étnica é formada a partir de outras relações sociais, dentro do processo de certificação e autoreconhecimento da comunidade, enquanto quilombola.
Palavras chaves: Quilombola, autoreconhecimento, identidade e albinismo.
A comunidade Filú é composta aproximadamente por quarenta e duas (42) famílias, habitando em construções de taipa, isolada social e espacialmente de sua vizinhança. Sua interação com outras pessoas até 2003, se baseava nas relações de trocas, durante as feiras na cidade de Santana do Mundau e em União dos Palmares onde iam comecializar a banana prata, sua principal fonte de renda, ou quando os atravessadores iam até a comunidade comprar o seu produto.
A comunidade sobrevive da agricultura de subsistência, como a plantação do milho, feijão, mandioca, inhame. Porém, só costumam comercializar a banana prata. No entanto, como a terra é pouca e está fraca, as bananas já não tem a mesma qualidade.
Não tendo como levar os produtos até as feiras, por falta de transporte, são obrigados a vender para atravessadores e mais uma vez são explorados. Outra fonte de