C. leitura, doddoli

466 palavras 2 páginas
“Cartas de um pai à filha que se droga” é um livro que contém uma série de 20 cartas, das quais 19 são do pai. O pai, Luciano, tinha naquela altura, década de 80, pouco mais que 50 anos, e a filha, Francesca, 20 anos. Luciano era um jornalista “honesto”, ativista militarista e homem “de bem”. Francesca, uma jovem bela e de rosto esguio que outrora consumia 2g de heroína por dia e que começava a tratar-se.
Quando começamos o livro, podemos logo depararmo-nos com as descrições detalhadas do autor. É percetível logo de início que foi um pai um tanto ou quanto ausente, também pouco carinhoso, e que o lamenta. Contudo, prontifica-se a dizer à filha que não sente vergonha de ela ser drogada, e que o admitiu publicamente. Aquilo que não sabemos quando começamos a ler, é que não só encontramos uma espécie de diário (é comum o pai referir o que fez, quem encontra e exprimir pensamentos variados) mas também espantosas memórias de infância e adolescência de quem era tenro em tempo de guerra.
Contexto histórico.
Luciano encontra no seu dia-a-dia vítimas da droga, conhecidas ou amigas da filha, como por exemplo Carmencita, que grávida de 7 meses se agarrava às paredes para ir buscar a sua dose de morfina. A criança que tinha dentro dela já estava morta há pelo menos dois dias, e viria a nascer sem braços e pernas. Outro bom exemplo é Pino, que Luciano chegara a expulsar de casa por o ter considerado uma má companhia. Luciano e Pino conversam, e essa conversa é descrita a Francesca. A admiração pelo apoio de Luciano a Pino é subitamente interrompido, quando este dá a entender que Pino teve a sua fotografia na capa do jornal… estendido no relvado, morto por overdose de heroína. Luciano tenta que ele e a filha partam ambos do mesmo ponto; refere mesmo que eles, e todos, se deveriam tornar mais “contemporâneos”.
Na carta VIII, é-nos dada a informação de que Francesca parou de se injetar. Na carta IX, o pai termina os seus relatos de infância e adolescência e vota a dizer à

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