BIOMATERIAIS PARA ENGENHARIA DE TECIDOS ÓSSEOS
A. S. E. Degiovani, M. E. A. Paiva, R. A. Regattieri alberto.degiovani@usp.br, maria.eduarda.paiva@usp.br, rafael.regattieri@usp.br
RESUMO
Materiais que promovem a regeneração óssea possuem muito potencial no tratamento de fraturas. Suportes constituídos de materiais porosos como biocerâmicas ou polímeros que sustentam o crescimento celular e de tecidos ósseos. O desafio para a Ciência e Engenharia dos Materiais consiste em recriar as características mecânicas e biológicas da matriz do tecido ósseo promovendo a vascularização. Apesar de possuir uma grande capacidade regenerativa em alguns casos grandes defeitos ósseos como a retirada de tumores ou fraturas severas necessitam de procedimentos cirúrgicos para a devida recuperação. O tratamento padrão é o transplante ósseo do próprio paciente, o enxerto é removido de uma região saudável e é introduzido na área lesionada, promovendo menos rejeição por parte do organismo. O tecido ósseo possui uma organização em ordens de comprimento desde escalas macroscópicas até nanoestruturais, o caso da matriz extracelular (ECM) que compreende componentes orgânicos e não minerais como o colágeno e também inorgânicos minerais. Nanocompósitos constituídos de fibras de colágeno reforçadas com cristais de hidróxiapatita para recriar a resistência à compressão e à fratura do osso. No passado a característica que definia os materiais para implante era a bio-inércia, mas esse conceito foi descartado já que a bioatividade promove a integração do material com as moléculas e células no seu entorno, promovendo a regeneração. No caso dos tecidos ósseos esses materiais devem ser osteoindutores (capazes de promover a diferenciação entre células progenitoras e osteoblásticas), osteocondutores (suportam o crescimento ósseo e retração óssea no entorno) e, além disso, capazes de osseointegração. Geralmente, os suportes de crescimento ósseo são produzidos a partir de cerâmicas e