As Regras do Método Sociológico – Émile Durkheim
Capítulo 3 - Regras Relativas à Distinção entre Normal e Patológico
Segundo Durkheim os fatos são divididos em duas ordens: Patológicos (deveriam ser diferentes do que são) e Normais (são como deveriam ser). E um dos papeis da ciências humanas, em especial, é observar esses fatos e explicá-los, sem julgá-lo (o julgamento é dever do inconsciente, dos sentimentos, dos instintos, etc.).
Para fugir do misticismo, de só se encontrar os fins pelo inconsciente, tentaram ligar os fatos em algum conceito que os dominasse (algo em comum), através de comparações. Porém a prática utilizada neste método foi a Prática Refletida, e a reflexão, assim empregada não é cientifica.
Durkheim então conclui essa parte afirmando que o fato normal é a saúde plena da pessoa e a doença o fato patológico.
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Durkheim levanta teses de como traçar a linha que divide o que é normal e o que é patológico nas ciências humanas:
- O sofrimento como indicio de doença: relação falha de constância e precisão. Exemplos: Doenças que não causam dores e podem causar até prazer e fenômenos fisiológicos e comuns como a fome e o parto que podem causar dor.
- A não adaptação ao meio (possibilidade de sobrevivência) como indicio de doença: Estados normais podem causar alguns tipos de fraqueza, mas, nem por isso, a pessoa esta doente. Exemplos: Crianças, idosos, nem grávidas, tem as plenas capacidades, como um adulto normal, porém não estão doentes.
Alguns doentes, como quem tem gastrite, só tem que se adaptar ao meio de uma maneira diferente da média dos homens de seu tempo (mas todos temos que nos adaptar de maneiras diferentes para maximizar nossa possibilidade de sobrevivência).
Mesmo em um grupo onde a taxa de mortalidade seja a menor conhecida, não pode-se garantir que essa população esteja maximizando sua possibilidade de sobrevivência, pode haver maneiras de abaixar ainda mais esta taxa. Mas o fato de uma pessoa ter maior