Artigo: INSERÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL EM SAÚDE MENTAL EM FOCO: O TRABALHO COM AS FAMÍLIAS.
Revista Serviço Social & Saúde. UNICAMP Campinas, v. VIIVIII, n. 78, Dez. 2009
Autoras:
Lucia Cristina dos Santos Rosa (Doutora em Serviço Social pela UFRJ)
Tânia Maria Ferreira Silva Melo (Mestre em Políticas Públicas pela UFPI)
Justificativa:
No contexto reformista as ações profissionais dos assistentes sociais na saúde mental encontram-se num processo de construção, exigindo maiores sistematizações e aprofundamentos por parte dos profissionais. É necessário compreender quais os aspectos relevantes dessa atuação no âmbito da saúde mental.
A inserção do assistente social em saúde mental no Brasil deu-se a partir da década de 90 tendo por determinante o processo de desinstitucionalização da pessoa com transtorno mental, isto é, uma crítica ao modelo hospitalocêntricoou/manicômios da psiquiatria clássica no Brasil. Tal processo de crítica deu origem à reforma psiquiátrica brasileira conceituada como um conjunto de práticas, saberes, valores culturais e sociais em torno do “louco” e da “loucura”, o movimento de reforma psiquiátrica teve início na década de 70, no processo de redemocratização da sociedade brasileira, inicialmente com o Movimento Sanitário, depois ganhando sua identidade própria.
Os portadores de transtornos mentais eram vistos como pessoas improdutivas, incapazes em todos os sentidos e afastados do convívio familiar e social. A terapia desses indivíduos era totalmente medicamentosa. Porém, é no Sistema Único de Saúde, reforçado pela Constituição Federal de 1988 através do de acesso aos serviços que visassem a promoção, proteção e recuperação da saúde, é que surge um novo paradigma voltado para reinscrição dessas pessoas no mundo social.
O CAPs foi o principal equipamento reformista, colocado como substitutivo ao modelo tradicional e excludente de tratar os pacientes. Seu objetivo é propiciar laços sociais e melhorar a vida cotidiana da pessoa