ANDi, o primeiro primata transgênico.
A finalidade de utilizar um gene de medusa foi apenas a de possibilitar a fácil detecção da sua inclusão no patrimônio de outra espécie. Este gene não traz qualquer benefício ou prejuízo para o animal. Para que ANDi fosse gerado foram utilizados 224 óvulos de macacos que foram infectados com o vírus, utilizado como vetor, que continha o gene de medusa. Destes óvulos resultaram 126 embriões. Foram implantados os 40 embriões mais saudáveis, em 20 macacas que serviram de mães substitutivas. Ao final do processo apenas 3 filhotes nasceram vivos e somente ANDi era portador deste gene.
Somente a dificuldade técnica de necessitar 224 para produzir apenas 1 filhote com a característica transgênica desejada já leva a reflexão de que a transposição deste procedimento para a espécie humana é tecnicamente impraticável no momento atual. Porém esta quase inviabilidade técnica não desestimula a reflexão sobre os aspectos morais, legais, sociais e espirituais deste tipo de procedimento.
O Prof. Arthur Caplan, da Universidade de Pennsylvania/EUA fez uma excelente reflexão sobre os aspectos morais que o caso ANDi pode gerar, em especial sobre a questão da regulamentação de experimentos deste tipo. A sua posição, em resumo, é a de