Adsorção de metais pesados em carvão quimicamente modificado
Niléia C. da Silva*, Eduardo G. Vieira, Isaac V. Soares, Newton L. Dias Filho.
UNESP, Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”, Departamento de Física e Química, Av. Brasil 56, Centro, Ilha Solteira – SP, CEP: 15385 – 000.
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RESUMO
O presente trabalho trata da remoção dos íons Cu(II) e Zn(II) de soluções aquosas por meio de adsorção em carvão ativado (C.A) obtido da casca de coco da baía. O C.A foi caracterizado por MEV, análise textural e FTIR. Foi observado que o C.A apresenta uma área superficial de 745,38 m2/g, é constituído principalmente por microporos. Em pH 6 foi observada a maior remoção destes íons, sendo o equilíbrio alcançado em 40 minutos. Os dados obtidos indicaram que o processo de sorção dos íons metálicos pode ser mais bem descrito segundo o modelo de isotermas de Langmuir, sugerindo uma superfície heterogênea. O estudo cinético indicou que o processo de sorção dos íons metálicos pelo C.A segue o modelo cinético de pseudosegunda ordem. O C.A mostrou uma eficiência bastante elevada no sistema em batelada, chegando a uma remoção de 79% Cu (II) e 82% Zn (II).
Palavras-chave: Adsorção, Carvão ativado, íons metálicos.
1 INTRODUÇÃO
Íons de metais pesados são conhecidos por serem tóxicos e cancerígenos para os seres vivos, sua presença no ambiente aquático tem sido motivo de grande preocupação devido à sua toxicidade e a natureza não biodegradável. Alguns íons metálicos são poluentes acumulativos, capazes de ser assimilados e armazenados nos tecidos dos organismos, causando efeitos fisiológicos adversos visíveis. A remoção de íons metálicos tóxicos de água é uma tarefa muito difícil devido ao elevado custo dos métodos de tratamento. Existem vários métodos para a remoção de íons metálicos tóxicos a partir de soluções aquosas: osmose inversa, troca iónica, precipitação,