A ética protestante e o espírito do capitalismo
Para Weber sociologia é a ciência da ação social. A sua maior questão é entender porque o capitalismo se desenvolveu mais rapidamente em lugares em que predominava a religião protestante.
Ação social: trata-se de uma relação de intencionalidade entre dois indivíduos. Ele tenta compreender (no sentido de atribuir sentido à algo) como os indivíduos atribuem sentido às suas ações (amor, ódio, etc). Tipo-ideal: construção metodológica – com o intuito de classificar a vida social fracionando a realidade - para simplificar a realidade caótica. Tipificar a realidade é necessário para a preocupação da ação social.
O tipo-ideal (melhor rendimento analítico sociológico) do protestantismo é o calvinismo. Isso acontece porque os calvinistas só seguram a mão de Deus se tiverem prosperidade, chama-se teoria da predestinação. É necessário trabalhar muito e gerar muito lucro. Assim, são voltados exclusivamente ao trabalho com o objetivo de alcançar a mão de Deus ao atingir a prosperidade. Por isso, eles se associam facilmente ao capitalismo para acumular e reproduzir capital.
A busca pelo lucro sempre existiu. O que weber aponta é que o capitalismo moderno tem outras características, uma singularidade: desejo de lucro + disciplina racional – esta é vista como matriz cultural do ocidente. A racionalização trata-se da instrumentalização da razão, ou seja, é a forma como a razão foi usada como domínio do mundo de modo a aumentar a eficácia da produção.
É importante deixar claro que a relação entre o capitalismo e o protestantismo é de pura afinidade, jamais causal.
As pré-condições do surgimento do capitalismo ocidental moderno:
- Apropriação dos meios de produção (estes passam a ser mais concentrados)
- Livre mercado
- Técnica racional (para aumentar a produtividade)
- Trabalho livre (capitalismo e escravidão não