A ética protestante e o espírito do capitalismo de maximilian carl emil weber resenha critica
Weber parte de dados estatísticos que lhe mostraram a proeminência de adeptos da reforma Protestante entre os grandes homens de negócios, empresários bem-sucedidos e mão-de-obra qualificada. A partir daí, procura estabelecer conexões entre a doutrina e a pregação protestante, seus efeitos no comportamento dos indivíduos e sobre o desenvolvimento capitalista.
Weber descobre que os valores do protestantismo - como a disciplina ascética, a poupança, a austeridade, a vocação, o dever e a propensão ao trabalho - atuavam de maneira decisiva sobre os indivíduos. No seio das famílias protestantes, os filhos eram criados para o ensino especializado e para o trabalho fabril, optando sempre por atividades mais adequadas à obtenção do lucro, preferindo o cálculo e os estudos técnicos ao estudo humanístico. Weber mostra a formação de uma nova mentalidade, um ethos - conjunto dos costumes e hábitos fundamentais - propicio ao capitalismo, em flagrante oposição ao "alheamento" e à atitude contemplativa do catolicismo, voltado para a oração, sacrifício e renúncia da vida prática.
Um dos aspectos importantes desse trabalho, no seu sentido teórico, está em expor as relações entre religião e sociedade e desvendar particularidades do capitalismo. Além disso,