A ética na história do aconselhamento genético: um desafio à educação médica
Desafio à Educação Médica
O aconselhamento genético é uma prática que surgiu nos Estados Unidos teve como cenário o Instituto Dight para Genética Humana,na década de 1940 pelo médico Sheldon Reed. E tem se difundido ao redor do mundo com a crescente popularização da informação genética e a profissionalização da genética na saúde pública. É por meio de sessões de aconselhamento que as pessoas são informadas sobre os resultados de testes genéticos e recebem orientações sobre probabilidades, riscos e possibilidades de doenças genéticas. Trata-se de uma prática profissional que combina saúde, assistência e educação.
O aconselhamento genético compreende diversas questões referentes ao processo saúde-doença das pessoas, daí sua importância crescente no debate em saúde pública. Mas o que significa o aconselhamento genético? Em termos simples, trata-se de uma consulta médica cujo tema são os genes individuais ou familiares. Cabe ao médico geneticista ou à equipe de aconselhamento sob sua supervisão informar sobre o significado de determinados genes para a saúde e o bem-estar das pessoas. Por isso, as sessões de aconselhamento genético ocorrem em diferentes momentos do ciclo de vida de um indivíduo: ou para planejar a reprodução, ou após o nascimento de um filho, ou para o diagnóstico de alterações corporais e/ou cognitivas.
Há quem considere que a ética é o principal tema de uma sessão de aconselhamento genético. Isso ocorre em virtude da ausência de terapias e cura para grande parte das doenças genéticas.
Nessa ocasião, existiam ainda os representantes do movimento eugenista, que acreditavam ser a biologia um meio de solucionar problemas de ordem social. Entre eles, os mais conhecidos eram os médicos e pesquisadores dos campos de concentração nazistas. No entanto, alguns ideais da eugenia, como a prevenção de doenças por meio do controle da reprodução, também foram disseminados em outros países, como os Estados