A Ética Clandestina

1403 palavras 6 páginas
A ética clandestina

As regras e diretrizes suplementares do código de ética do IEEE/ACM são um guia para o profissional de computação que atualmente não dispõe — excetuando o estado do Texas nos EUA — de uma certificação que regulamente a profissão. Nesse cenário o profissional de área de computação é pautado por uma espécie de ética clandestina. Seus atos e decisões são de foro íntimo e o agente regulador muitas vezes é o próprio profissional.
Essa terra árida do ambiente profissional de computação é a luta pelo bom combate, a ética profissional com o sistema tecnocrático neoliberal. O profissional tem seus atos questionados em cada decisão que afete, direta e indiretamente, a categoria e a sociedade. Os imperativos do código são parâmetros que norteiam o profissional em suas decisões mesmo no que tange a subjetividade do indivíduo, nesse caso especificamente o profissional.
A responsabilidade atribuída ao profissional é decorrente de seu conhecimento técnico e sua relação com a sociedade em geral, com os empregadores, os clientes, os pares, a prática profissional e a própria organização e seus associados.
Por não cobrir todas as variantes éticas profissionais, o profissional da área da computação deve sempre levar em consideração o bom senso, especialmente quando os imperativos entrarem em conflito entre si. Um exemplo desse aspecto é o do profissional que atua de uma maneira não ética, causando dano às partes envolvidas, denunciar esse profissional é de decisão difícil, ou privilegia-se a categoria preservando sua imagem perante a sociedade ou preserva-se o trabalho de outrem.
Os imperativos morais do código (2.5.1 a 2.5.1.8) tratam da conduta do profissional com a sociedade. A relação de seus atos com a sociedade e os indivíduos. Nesse conjunto de imperativos o papel da profissão é delineado em termos gerais. Em 2.5.1.1 (Contribuir para o bem-estar humano e da sociedade) o impacto das ações do profissional e seu reflexo no meio ambiente são frisados, o

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