A árvore que dava dinheiro
Breve Resumo:
Havia na vila Felicidade, um velho rico, mas avarento (forreta). Morava numa bela habitação que tinha comprado á viúva do fundador desse lugar. Vivia numa extrema economia que chamava a atenção das pessoas. Almoçava sempre feijão com chuchu e jantava chuchu com arroz.
Comprou muitas casas e tomou posse de outras, que emprestando dinheiro a juros, e ficava com as dos que não podiam lhe pagar.
Quando morreu, agitou a vila. Todos foram ao velório dele esperando a sua parte. Deixou a casa para a sua velha empregada e as casas alugadas para os próprios inquilinos. Era lua cheia e noite estrelada quando fizeram uma festa com muita euforia. Pobre cadáver: foi enterrado como um pobre num caixão sem verniz e sem flores.
Deixou três sementes para que plantassem em cerimónia pública. Fazia parte do testamento. Das três sementes, apenas uma vingou. Cresceu rápido, aguada por um cão, e daí desenvolveu uma flor de uma pétala só: uma nota de dinheiro. Foi encontrada por um rapaz que a levou à sua mãe, a qual pôde assim, comprar algumas coisas em falta de sua casa.
Certo dia, mediante um vendaval, caíram muitas notas ainda inacabadas, provocando uma correria de gente a olhar para chão, procurando a outra parte de suas notas. Daí então, as pessoas encontavam sempre uma nota no chão, embora não intencionalmente, porém ninguém comentava um com o outro.
Quando as notas voltaram a cair, a multidão avançando pegava nas suas notas e pedaços de galhos para plantar em suas casas. Estavam enlouquecidos: queriam aquele tesouro mais ao seu alcance.
As plantas começaram a reproduzir-se. Chegou a primavera. Olhavam ansiosos as flores que brotavam no cume da árvore, de olhos duros, sem piscar, aguardando que as notas voassem. Parecia uma eternidade! A vila ficou cheio de dinheiro e de compras. Os comerciantes aumentavam excessivamente o preço de suas mercadorias. Todos se fartavam.
Após um certo tempo, os comerciantes só queriam