A R Ssia Defendeu Sua Soberania De Na O
Jonas Diogo da Silva
O assunto que dominou a pauta de política internacional nas últimas semanas sem dúvida nenhuma foi a anexação da Crimeia à Rússia. O
Ocidente acusa a nação liderada por Vladimir Putin de invadir e apropriar-se da uma parte da Ucrânia, numa ação que feriria as normas internacionais e desrespeita a soberania ucraniana. Não se pode esquecer que antes disso assistimos na Ucrânia a uma onda de protestos contra o governo liderado por
Viktor Yanukovih que optava por uma aproximação com a Rússia em detrimento da União Europeia. Na verdade ali residia uma disputa entre a
Rússia e o Ocidente, leia-se Estados Unidos, OTAN e União Europeia.
Com a queda do governo pró-rússia os ucranianos viram seu país se aproximar dos europeus como queriam os manifestantes na capital e nas principais cidades da Ucrânia. Entretanto os cidadãos da Crimeia, na sua maioria étnica russa, além de tártaros e outros povos, não engrossavam o coro que derrubou o governo. Diante da perda na queda de braço com o Ocidente
Putin agiu rápido e anunciou que acolheria a Criméia caso num referendo a população assim decidisse. E assim se fez. Em 16 de março, com uma participação de mais de 82% do eleitorado, mais de 96% dos eleitores se posicionaram a favor da reunificação com a Rússia.
Conforme disse o próprio Putin em seu discurso em Moscou depois do referendo as razões por tal escolha estão na história da Crimeia e o que a
Rússia e a Crimeia sempre significaram uma para a outra. A Crimeia integra a região dos antigos Khersones com uma população total de 2,2 milhões de pessoas, das quais cerca de 1,5 milhão são russos, 350 mil são ucranianos que consideram o russo predominantemente como idioma nativo e cerca de
290 mil a 300 mil são tártaros da Crimeia. A península tem um valor cultural para os russos, foi lá por exemplo que o príncipe Vladimir, um neomatir da
Igreja Ortodoxa, foi batizado. É lá que estão as sepulturas dos soldados russos
que