A M Sica No Antigo Egito
Na antiguidade, os egípcios empregavam a música em diversas atividades cotidianas, mas foi nos templos e nos seus cerimoniais onde houve um mais intenso desenvolvimento da música. Não se conhece com exatidão como era a música egípcia, porque esta não era escrita, mas transmitida oralmente. Porém, conservam-se os textos empregados em algumas cerimônias, como as dos cultos de Isis e Néftis, que permitem supor que dois sacerdotes alternavam no canto, combinados com solos a cargo das sacerdotisas que representavam a deusa.
Para o estudo da música egípcia existe documentação gráfica (hieróglifos, baixos-relevos e textos) que atestam o uso e a forma dos instrumentos, e a sua importância no culto religioso. Entre os instrumentos mais apreciados destaca-se o sistro, instrumento de percussão com um marco de madeira em forma de U, com um pau como pega, com barras cruzadas que sustinham placas metálicas.
Outro instrumento muito utilizado no Antigo Egito era a harpa com caixa harmônica baixa. Entre os instrumentos de sopro utilizados, havia a flauta reta. A charamela dupla, de cana, que era consistida por dois tubos paralelos providos de lingueta, que soavam em uníssono, e nos desfiles militares usava-se uma espécie de trombeta de cobre ou de prata.
A partir do século XVI a.C o contato dos egípcios com a Mesopotâmia contribuiu para o desenvolvimento e assimilação de um novo estilo de música oriental de carácter fundamentalmente profano. Esta influencia tomo forma num tipo de baile mais rápido que aquele praticado durante os impérios Antigo e Médio, e sobre tudo, nos numerosos instrumentos asiáticos que chegaram ao Egito. Entre estes instrumentos teve grande importância o oboé duplo, com duas canas colocadas em ângulo, e enquanto uma executava uma melodia, outra atuava com bordão ininterrupto.
Durante o Império Novo apareceram no Egito outros instrumentos com as harpas angulares, de caixa harmônica alta, que se aperfeiçoaram até se converterem em