A M Sica Como Fonte De Express O Social
Por Josias Silvano de Barros em 05/10/2010 na edição 61
A música está inserida no cotidiano das pessoas de diferentes maneiras e em várias ocasiões: está presente desde fundo musical para a execução de atividades corriqueiras (como lavar louça ou estudar) até servindo como estímulo para a prática de exercícios físicos ou para o relaxamento. Escutamos e produzimos música com diversos fins, seja para relaxar, para refletir, para dançar ou para nos expressarmos. "A música tem princípios que permitem que se expressem sentimentos, sensações e ideias" (SILVA, 2007, p.01).
Diante de tal afirmativa, percebemos que a música é refletida, analisada e percebida através de sua letra e melodia. Torna-se, então, um instrumento relevante no reconhecimento social, ou seja, da sua condição como ser integrante da sociedade. Ser que produz relações dentro de um contexto que caracteriza nossa condição humana.
O papel do agente social é imposto de forma opressiva por um sistema predatório, explorador da essência humana, do corpo e da alma daqueles que entregam as suas vidas para alimentar uma economia excludente, uma economia auto-destrutiva.
Expressão e opressão...
O período de 1964 a 1985 foi marcado por lutas da massa oprimida pela liberdade ideológica, social e política. O nosso país passou por um período em que não existiam direitos constitucionais, tampouco democracia. Existia, pois, perseguição política, censura e repressão aos que eram contra o regime militar. Segundo Albuquerque e Menezes (2009), para chegar a essa consciência política Chico Buarque materializa esse período histórico através de gênero musical.
A música teve um importante papel no processo histórico brasileiro, pois resultou registros do anseio da geração 70, caracterizando aquilo que muitos críticos afirmam ser a "arte da reportagem". A arte musical acabou se constituindo em novo gênero em nossa cultura porque passou a utilizar recursos de nossa linguagem nunca