A E C ARTIGO ETAPA 2
1. INTRODUÇÃO
O autismo é considerado um dos transtornos mais graves da infância. O DSM-IV-TR (2000/2002) classifica o Transtorno Autista (299.00), no quadro dos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento. Os principais critérios para o diagnóstico são: comprometimento qualitativo nas interações sociais e na comunicação, padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses ou atividades e atrasos ou funcionamento anormal também em jogos imaginativos ou simbólicos.
Pesquisas indicam que crianças com autismo apresentam sérios comprometimentos no brincar funcional (WILLIAMS; REDD; COSTALL, 2001), ou seja, apresentam dificuldade em usar de forma apropriada um objeto ou realizar associações entre dois ou mais objetos, como por exemplo, colocar a boneca para dormir na cama, colocar a tampa em uma panela, encaixar duas peças de quebra-cabeça.
Um estudo comparou o brincar funcional de crianças autistas com o de crianças que apresentavam Síndrome de Down e crianças típicas. Os resultados mostraram que o brincar do grupo autista foi menos elaborado, menos variado e menos integrado. Tais observações possibilitaram discussões sobre possíveis intervenções e sobre o papel de pessoas ensinando o uso adequado dos objetos (WILLIAMS; REDD; COSTALL, 2001.).
A identificação precoce do autismo e outros transtornos invasivos do desenvolvimento são importantes, pois possibilita a imediata intervenção com planejamento, tratamento educacional e médico para a criança (DAWSON;OSTERLING,1997,1citado por AIELLO, 2002), além de oferecer apoio e educação à família reduzindo seu estresse e ansiedade (FILIPEK et al.,1999,2citado por AIELLO, 2002).
A Análise Aplicada do Comportamento tem se destacado como uma ciência que estuda e aplica métodos eficientes para intervenção em crianças autistas. Segundo Braga-Kenyon et