A visão racial segundo Manuel Gamio e Gilberto Freyre
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O trabalho a seguir tem como objetivo mostrar a ideologia de Manuel Gamio e Gilberto Freyre a respeito do grande questionamento da época – década de 20 e 30 – que seria a inserção de grupos sociais que eram excluídos, rejeitados pela sociedade. Vale lembrar que ambos pensavam na problemática racial de suas nações que foram colonizadas ibericamente. No México o grande problema era os indígenas que correspondia a maior parte da população e que eram tratados de forma indiferente, considerados um atraso à modernização do país. Já no Brasil era como integrar os negros e mestiços que não possuíam educação, cultura, hábitos em uma sociedade com um “nível intelectual superior”, restrita de preconceitos. Gamio foi antropólogo, arqueólogo e sociólogo que nasceu no México em 1883. Realizou parte de seus estudos nos Estados Unidos orientado por Franz Boas, um antropólogo estudioso do particularismo histórico, que acreditava na existência de várias culturas, cada uma com sua particularidade, sua história que sofriam alterações ao longo do tempo. Influenciado por este pensamento, Gamio o utiliza assim que retorna, em 1910 para defender a importância da cultura indígena na formação do México pós-revolução – Revolução mexicana 1910 - e na reformulação da Constituição, em 1917. A luta em defesa da incorporação dos indígenas na sociedade travada por Gamio assim como outros intelectuais se dá devido os indígenas comporem à maior parte da população e não terem voz ativa, leis em seu benefício e serem regidos pela minoria branca que se considerava superior. Este fato é comprovado pelo, Terceiro Censo de População dos Estados Unidos Mexicanos, realizado em 1910, a população era de um total de 15,1 milhões de pessoas e segundo Gamio, 75% desta população, ou seja, cerca de 11 milhões de pessoas, eram de raça, idioma, cultura ou civilização indígenas. Sobre a temática do indianismo Gamio possui uma visão favorável ao indígena, considerando-o como o principal pilar que