a visão do psicologo hospitalar
Segundo Souza (2003) o diagnóstico de câncer significa ameaça não só a integridade física do acometido mas, também, influencia suas relações interpessoais e possibilidades de vida, sonhos, realizações. Polin (1995), traz oito aspectos apresentados por pacientes acometidos por doenças crônicas que cabem também aos vivenciados por pacientes com câncer: “1) perda do controle sobre a vida; 2) mudanças na auto-imagem; 3) medo da dependência; 4) estigmas; 5) medo do abandono; 6) raiva; 7) isolamento e 8) morte. O medo da progressão da doença e da recidiva são outras preocupações constantes.” (apud Teixeira et. al., 2010, p. 44) Para Carvalho (1999 apud TEIXEIRA et. al., 2010, p. 42), a definição dos meios teóricos e práticos da psico-oncologia partem do entendimento do câncer, seus processos, consequências físicas e psíquicas através do modelo biopsicossocial em que se apresenta.
“Além das questões psicológicas inerentes ao adoecer, outras têm reforçado o exercício do modelo biopsicossocial no atendimento à saúde: o reconhecimento da influência dos estudos emocionais sobre o agravamento, determinação ou recuperação física e a disposição dos psicólogos em querer transformar a qualidade de sobrevida dos pacientes.” (PIMENTEL et. al., 2009, p. 35)
Nos primórdios da psico-oncologia, Lawrence Leshan (1992 apud Teixeira et. al., 2010, p. 43) apresentou a conexão entre o aparecimento do câncer e o histórico emocional da vida do sujeito caracterizando o câncer como “a doença da não expressão”. Desta forma, preconiza a individualização do tratamento uma vez que cada pessoa é um ser único e possui necessidades distintas e particulares sendo compreendidas na interação entre os conteúdos genéticos e a experiência subjetiva de cada um.
Dentro da abordagem humanista de Leshan há a busca pela transformação psicológica em comunhão com os tratamentos médicos, destacando os aspectos positivos dos sujeitos e não somente o que diz respeito às